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sábado, 12 de novembro de 2011
Denúncia - Descumprimento de norma da ABNT na Construção de Passarelas.
Todo mundo sabe que a TransCarioca – o corredor expresso para ônibus, ligando a Barra ao Aeroporto Internacional Tom Jobim – promete mudar a cara da cidade. Um dos quatro BRTs (Bus Rapid Transit) a serem implantados no Rio até a Olimpíada de 2016, a TransCarioca é o que há de mais moderno no mundo, em se tratando de transporte integrado de massa, e foi inventado aqui mesmo, no Paraná, pelo arquiteto e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, no final dos anos 80.
O que ninguém sabe é que a Prefeitura do Rio de Janeiro está perdendo uma grande oportunidade de fazer uma obra exemplar, acessível a todos. E pelo que se pode ver na primeira estação construída, das 45 previstas nos 39 quilômetros de extensão entre o Cebolão e o Aeroporto do Galeão, ela não será para todos.
As pessoas com deficiência terão dificuldade para chegar às estações, neste caso os cadeirantes não parecem ser pagadores de impostos...
“As rampas estão com inclinação acentuada, dificultando o acesso para qualquer pessoa”, denuncia a arquiteta Angela Werneck, especializada em acessibilidade. Segundo ela, a rampa construída na primeira estação da TransCarioca está fora do padrão que determina a NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e é praticamente inacessível para um cadeirante que conduza sua própria cadeira...
De acordo com Angela Werneck – uma das responsáveis pelo projeto de acessibilidade do Metrô do Rio - não é só a rampa de acesso à estação do BRT que está fora do padrão. “As rampas nas calçadas no entorno da estação também estão com inclinação e projeto fora do que dita a NBR 9050, não sendo acessíveis a todos”, diz a arquiteta. A sinalização para cegos e surdos também é condenada pela arquiteta.
“A sinalização está implantada erroneamente”, afirma Angela Werneck, atribuindo os equívocos ao desconhecimento dos profissionais que elaboraram o projeto.
“É um flagrante desrespeito às normas que vêm contemplada na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência”, acusa. E cobra responsabilidade: “a lei penaliza os arquitetos que não cumprem a NBR 9050”, muito bem lembrado pela arquiteta Angela Werneck, e que os orgãos competentes façam cumprir a norma da ABNT, nas futuras instalações e concertando o erro já cometido.
Não é possível que depois de tanta discução em torno da questão, acessibilidade, um equívoco sério como este aconteça,
Abraço a todos.
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